quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sophia

Faz hoje 5 anos que desapareceu Sophia de Mello Breyner Andresen, umas das maiores personalidades literárias portuguesas de sempre. Contista, poetisa, tradutora, activista pela Liberdade e figura de proa da grande cidade do Porto.

Foram suas as primeiras palavras que escutei com mais atenção, quando, por acaso e afortunadamente, a minha primeira professora primária leu à turma toda a “Fada Oriana”. Nunca revisitei o conto, mas aquela história marcou-me e, ainda hoje, consigo lembrar-me perfeitamente dos sítios, das cores, dos afectos e da magia. Durante o secundário, a sua poesia foi das mais belas que pude apreciar, juntamente com grandes como Sá-Carneiro ou José Régio, descontando o supra-sumo Pessoa. Por fim, há uns tempos li ao meu priminho umas passagens dos seus “Contos exemplares”.

Nada de extraordinário me liga a ela. Não sou seu estudioso, não me lembro da sua cara. Porém, vejo nela um exemplo de uma vida rica e completa. Sendo evidentemente um produto da sua época, pergunto-me o que ela poderia trazer consigo para o séc.XXI. Isto é, que qualidades à época seriam vistas enquanto tais em 2009?
Creio que isto é também especialmente dirigido às mulheres. Poderiam ver as suas acções e os seus escritos como material útil na vossa definição enquanto cidadãs, enquanto ser feminino?

Não estou à espera que me digam que, realmente, sempre quiseram ter aquela Formação Clássica “à muerte”, ou que estão empenhadíssimas a trabalhar no primeiro conto, que é assim, começa numa floresta e tem fadas... Isso é idiota e impossível nos tempos que correm. Num sentido geral, procuram saber de e aprender com esta e outras figuras do passado? Pode a Sophia dar sabedoria para enfrentar o quotidiano, medir aspirações ou temperar sensibilidades?

Vão já ao Facebook fazer o teste :P: Quanto de Sophia tens em ti?

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